A HISTÓRIA DOS IDIOMAS

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HOLANDÊS: O IDIOMA DAS TULIPAS

Também chamado de língua neerlandesa, o holandês é falado, majoritariamente, nos Países Baixos (formado pela Holanda Setentrional e Holanda Meridional e mais 10 províncias) e na Bélgica, além das Antilhas Neerlandesas, em Aruma, no Suriname e em algumas regiões da África do Sul, Indonésia e na França. Considerada uma língua indo-europeia do ramo ocidental da família germânica, o holandês é o idioma materno de mais de 42 milhões de pessoas e possui muitos dialetos, entre os quais o limburguês, o zelandês, o brabanção e o flamengo ocidental.

Por Juliana Tavares
Originário da língua dos francos, antigo povo germânico que habitava a Europa Ocidental entre de 400-1100 dC,o neerlandês foi chamado, na Idade Média, de diets(ch) ou duits(ch), de onde deriva seu nome em inglês (dutch). No Renascimento, era conhecido como nederduits(ch), literalmente baixo alemão, o que refletia a sua estreita ligação com os dialetos do norte da Alemanha. O termo “Nederlands”, porém, aparece documentado pela primeira vez em 1482. Desde então, “Nederlands” é utilizado regularmente.Apenas no século XVII, quando os Estados Gerais, um organismo governamental com funções administrativas, mandaram traduzir a Bíblia para o neerlandês, é que o idioma passou a ter um padrão. Apesar disso, houve uma clara diferença entre a língua escrita, com reflexos renascentistas e meridionais, e a língua falada, de substrato setentrional holandês. Esta diferença só se atenuou no século XIX, sobretudo por influência de Multatuli, pseudônimo do literário Eduard Douwes Dekker, que pretendia aproximar a língua escrita da língua falada, evitando o uso de arcaísmos.

Foi apenas em 1980, contudo, com a criação da Nederlandse Taalunie, a União Linguística Neerlandesa, uma organização em que os Países Baixos, a Bélgica e o Suriname se comprometeram a colaborar com o ensino do idioma, é que as diferenças entre o neerlandês do Norte e do Sul diminuíram.

Com três classes de vogais e ditongos, o idioma, ao contrário do que ocorreu com o inglês, cuja ortografia se manteve inalterada apesar da evolução da pronúncia, foi sujeito a uma série de reformas para se manter em linha com as mudanças na pronúncia – motivo pelo qual a tradução, especialmente a tradução técnica para o holandês exige esforços de especialistas altamente capacitados.

Além disso, gramaticalmente e em termos de pronúncia, o holandês não é uma língua fácil, sobretudo para brasileiros. Entre as principais características que o tornam um tanto intransponível é o fato de possuir três classes de vogais e ditongos. O acento tônico cai normalmente na primeira sílaba, não importando se os prefixos são fracos.

Além disso, o neerlandês possui voz ativa e passiva, modos indicativo e imperativo e dois tempos simples no indicativo: presente e passado. Ao contrário do português, pode-se utilizar tanto o perfeito como o imperfeito, sem que a significação da frase se altere. O artigo definido nunca é utilizado antes de um nome próprio e, ao contrário do alemão, os substantivos não se escrevem com maiúscula. A letra maiúscula é utilizada apenas no início de uma frase, nos nomes e apelidos, nomes geográficos, nomes de ruas, nomes de línguas (ao contrário do português) e nomes de feriados oficiais.