O espanhol é o 4º idioma mais falado no mundo (atrás somente do mandarim, hindu e inglês), adotado por aproximadamente 400 milhões de pessoas em 21 países. A primeira questão com a qual nos deparamos nas traduções dos conteúdos de textos de um site ou software(localização de software ou de site) para este idioma é a grande variedade linguística.
Para otimizar este processo, principalmente quando a verba é limitada, muitas empresas optam pela localização em versões padronizadas, nos chamados espanhol neutro ou da América Latina, ambos com um ponto em comum: não existem oficialmente.
A ideia de uniformização baseia-se na distinção entre o espanhol falado pelos países da América Latina e na Espanha. Além disso, mesmo que o idioma seja o mesmo nestes países, as diferenças são detectadas no uso coloquial ou técnico. Assim, quanto mais formal e menos técnico for o texto, menos regionalismos são encontrados.
A padronização proposta não leva em consideração que cada país da América Latina teve influências de outros povos, como por exemplo, dos indígenas, escravos africanos e imigrantes ao longo dos séculos, o que acarretou em diferenças idiomáticas regionais. Além disso, existem determinadas áreas técnicas que contemplam grandes diferenças na terminologia. Seguem alguns exemplos relacionados à indústria automotiva*:
PortuguêsBrasil
EspanholArgentina
EspanholMéxico
EspanholEspanha
EspanholPeru
EspanholPorto Rico
para-choques
paragolpes
defensa
parachoques
parachoques
bumper
buzina
bocina
claxon
claxon
claxon
bocina
calota
taza
copa
tapacubos
vaso
tapabocinas
*Adaptado da Revista MultiLingual, nº 98 – setembro de 2008.
O projeto de unificação do idioma vem sendo aplicado mundialmente e traz discussões sobre o assunto, principalmente no que concerne à qualidade das traduções. As literaturas traduzidas precisam, entre outros pontos, não transportar o estilo do idioma original, mas sim dar a impressão de terem sido originalmente escritas no idioma-alvo.
O tradutor tem sempre como meta optar pelo sinônimo mais adequado de cada palavra, para que o texto fique o mais natural possível, porém a questão é: como alcançar esse objetivo nas traduções para um idioma que pretende ignorar os regionalismos?
Esse é o principal problema ao traduzir um material para o espanhol neutro. Como esse idioma não é oficial, o texto pode ser compreendido em diversos países, entretanto, poderá não parecer natural em lugar nenhum.
Mesmo palavras comuns podem ter significados diferentes ou até serem ofensivas ao leitor final. Por exemplo, a simples expressão “pegar o ônibus” pode ser traduzida de diferentes formas, senão vejamos: no México utiliza-se tomar/agarrar el camión, na Colômbia, coger el autobús, e nunca camión (caminhão). Na Argentina o verbo coger seria pejorativo, onde se usa tomar el colectivo.
Porém, algumas vezes é inevitável o uso do espanhol neutro ou da América Latina. O primeiro passo para diminuir problemas quando a verba for limitada, é definir claramente qual é o público-alvo, ou seja, para qual ou quais países o produto será exportado e para qual país a expectativa de vendas é maior. Por exemplo, se a localização for para um produto a ser vendido no Peru, Argentina e Porto Rico e com possibilidade de maior aceitação na Argentina, certifique-se de utilizar um tradutor nativo neste país.
Igual em regiões diferentes?
O espanhol é o 4º idioma mais falado no mundo (atrás somente do mandarim, hindu e inglês), adotado por aproximadamente 400 milhões de pessoas em 21 países. A primeira questão com a qual nos deparamos nas traduções dos conteúdos de textos de um site ou software (localização de software ou de site) para este idioma é a grande variedade linguística.
Para otimizar este processo, principalmente quando a verba é limitada, muitas empresas optam pela localização em versões padronizadas, nos chamados espanhol neutro ou da América Latina, ambos com um ponto em comum: não existem oficialmente.
A ideia de uniformização baseia-se na distinção entre o espanhol falado pelos países da América Latina e na Espanha. Além disso, mesmo que o idioma seja o mesmo nestes países, as diferenças são detectadas no uso coloquial ou técnico. Assim, quanto mais formal e menos técnico for o texto, menos regionalismos são encontrados.
A padronização proposta não leva em consideração que cada país da América Latina teve influências de outros povos, como por exemplo, dos indígenas, escravos africanos e imigrantes ao longo dos séculos, o que acarretou em diferenças idiomáticas regionais. Além disso, existem determinadas áreas técnicas que contemplam grandes diferenças na terminologia. Seguem alguns exemplos relacionados à indústria automotiva*:
*Adaptado da Revista MultiLingual, nº 98 – setembro de 2008.
O projeto de unificação do idioma vem sendo aplicado mundialmente e traz discussões sobre o assunto, principalmente no que concerne à qualidade das traduções. As literaturas traduzidas precisam, entre outros pontos, não transportar o estilo do idioma original, mas sim dar a impressão de terem sido originalmente escritas no idioma-alvo.
O tradutor tem sempre como meta optar pelo sinônimo mais adequado de cada palavra, para que o texto fique o mais natural possível, porém a questão é: como alcançar esse objetivo nas traduções para um idioma que pretende ignorar os regionalismos?
Esse é o principal problema ao traduzir um material para o espanhol neutro. Como esse idioma não é oficial, o texto pode ser compreendido em diversos países, entretanto, poderá não parecer natural em lugar nenhum.
Mesmo palavras comuns podem ter significados diferentes ou até serem ofensivas ao leitor final. Por exemplo, a simples expressão “pegar o ônibus” pode ser traduzida de diferentes formas, senão vejamos: no México utiliza-se tomar/agarrar el camión, na Colômbia, coger el autobús, e nunca camión (caminhão). Na Argentina o verbo coger seria pejorativo, onde se usa tomar el colectivo.
Porém, algumas vezes é inevitável o uso do espanhol neutro ou da América Latina. O primeiro passo para diminuir problemas quando a verba for limitada, é definir claramente qual é o público-alvo, ou seja, para qual ou quais países o produto será exportado e para qual país a expectativa de vendas é maior. Por exemplo, se a localização for para um produto a ser vendido no Peru, Argentina e Porto Rico e com possibilidade de maior aceitação na Argentina, certifique-se de utilizar um tradutor nativo neste país.
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